(continuação do post anterior)
Tenho algo preso na garganta ah ja muito tempo (anos!), mas ainda nao consegui descobrir muito bem como tirar esse "no" da garganta, falta-me apanhar o principio da "corda" para o conseguir desfazer, falta-me alguem para me ajudar, mas ninguem aparece, ninguem esta onde deveria estar, ninguem ve o que deveria ver, ninguem me da o que deveria de dar, so estao e so se lembram de mim quando querem exigir alguma coisa! Estas perto mas tao longe de mim, sinto-te cada vez mais distante, mais do que quando eu tinha apenas seis anos quando saiste de casa pela primeira e unica vez, sempre esperei a tua chegada, mas o tempo foi passando e a porta nunca foi aberta para tu entrares a gritar "o pai chegou". Sinto tanto a tua falta PAI! Estamos juntos quase todos os dias, mas nunca tens tempo, a pressa faz de ti um amigo e nao um pai, um pai que eu queria ter para que eu pudesse contar as minhas alegrias, as minhas tristezas, as minhas desilusoes, os meus medos...mas nao, nao queres saber nem te preocupas o minimo possivel, para ti os bens materiais sao o mais importante, mas sabes que nao é verdade, so queria uma palavra amiga, uma palavra que me fizesse sentir que sou amada pelo HOMEM que me ajudou a ser vida! Tenho apenas vinte anos, mas sinto-me, e sei que sou, uma mulher tao madura e tao diferente das outras. As tuas fraquezas sao hoje, para mim, uma liçao de vida. AMO-TE PAI
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